“E para que usarei isso em minha vida?”
Essa é uma das frases que mais escuto na minha carreira como docente. Na maioria das vezes consigo mostrar para os alunos onde encontramos o conteúdo em questão no cotidiano, mas o que sempre tento mostrar é o quão incrível a matemática pode ser se olharmos além dos cálculos difíceis.
Quando pensamos em como cada pedacinho da matemática foi surgindo, conforme as necessidades dos homens e como em simples observações da natureza, os grandes filósofos fizeram descobertas matemáticas que estudamos e utilizamos até hoje.
Albert Einstein questionou-se: “Como é possível que a matemática, um fruto do pensamento, se encaixe tão bem à realidade física?”
Costumo dizer para os alunos que resolver problemas matemáticos é muito mais simples que resolver os problemas da vida, e que quando conseguimos desenvolver verdadeiramente em nós o raciocínio lógico, nos tornamos solucionadores de problemas em todas as áreas da vida.
“Bem-aventurado o homem que acha sabedoria, e o homem que adquire conhecimento; Porque é melhor a sua mercadoria do que artigos de prata, e maior o seu lucro que o ouro mais fino. Mais preciosa do que os rubis, e tudo o que mais possas desejar não se pode comparar a ela. Vida longa de dias está na sua mão direita; e na esquerda, riquezas e honra. Os seus caminhos são caminhos de delícias, e todas as suas veredas de paz.” -
Provérbios 3:13-17.
Quando iniciei o trabalho na EBCV, ensinar os princípios não me pareceu algo difícil, pois os princípios que trabalhamos na escola, são princípios que já trabalhava em minha vida. O que eu não fazia ideia é de que a matemática tinha tanto para agregar nos ensinamentos de cada um deles. De um modo geral, quero apresentar um pouco dessas descobertas, com um breve exemplo de aplicação para cada um dos princípios.
Caráter: As questões matemáticas nos colocam muitas vezes em posições de escolhas de caminho, podemos tomar um caminho curto, que por vezes pode ser mais arriscado, ou podemos escolher um caminho mais longo e seguro, nessas escolhas conseguimos trabalhar fortemente a importância de se ter um caráter firmado em princípios corretos e justos.
Mordomia: Somos mordomos do nosso próprio conhecimento, e na matemática não é diferente, quanto mais valorizamos o conhecimento adquirido, mais aprendemos.
Semear e Colher: Aprender matemática exige um semear de prática com exercícios, correção dos erros e novas tentativas, somente assim colhemos uma aprendizagem eficaz.
Autogoverno: Este princípio está diretamente relacionado com o raciocínio lógico, uma das áreas mais importantes da matemática, pois quando controlamos nossas emoções momentâneas e agimos “calculadamente”, tomamos decisões coerentes e temos menos arrependimentos.
Soberania: Saber que cada um tem o seu lugar, respeitando e honrando os que estão acima de nós, na matemática as regras e ordens em diferentes tipos de cálculos são tão importantes, uma grande oportunidade de se trabalhar um princípio tão importante e tão esquecido nos dias atuais.
Individualidade e União: Coloco estes dois princípios juntos para finalizar, pois na vida e na matemática cada número ou símbolo matemático tem uma importância única, afinal, uma simples troca de sinal pode mudar completamente o resultado obtido, mas o motivo de ter colocado o princípio da união no mesmo tópico é que somente juntos (números e símbolos) chegamos a um resultado.
"A matemática é o alfabeto no qual Deus escreveu o universo".
Galileu Galilei.
Professora Andressa Maciel Soares
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